14 de set. de 2015

Um poema bem diferente dos demais, 2002:

Canibalismo

Desejo resguardá-lo em meu colo.
 
Desejo ser livre em seu colo.
 
Desejo-te em meu colo.
 
Desejo doces em seu colo.
 
Desejo ser uma Dama.
 
Desejo que seja o meu Lord.
 
Desejo devorar a sua língua: vibrando sons roucos e socorros.
 
Desejo devorar suas pernas e seus cabelos.
 
Desejo devorá-lo inteiro. Mas, só deixaria a língua vibrando. Me chamando, para devorá-lo novamente.
 
Um índio ocupa o trono da tela “O inferno”, autoria desconhecida.
[Um índio ocupa o trono da tela “O inferno”, autoria desconhecida.]

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