19 de set. de 2015

Em julho de 2003 escrevi esse poema:

Quarto Ensanguentado

Vejo sangue em meu corpo
Vejo sangue nas paredes do meu quarto
Vejo escrito meu nome nas paredes com meu próprio sangue
Vejo as estrelas pintadas de vermelho
Vejo o teto jorrando sangue em mim
Vejo minha cama puro sangue

Sangue delicioso
Sangue fresco
Sangue deprimente
Sangue suicida

Vejo Girassóis ensanguentados
Vejo que preciso de Girassóis

Girassóis suicidas
Girassóis deprimentes
Girassóis frescos
Girassóis deliciosos

Vejo-me sentada num canto do quarto
Vejo as pessoas em volta de mim
Vejo que elas falam e ao mesmo tempo choram
Por favor, façam com que essas pessoas saiam do meu quarto?
Só por uma noite!
Apenas uma noite!
Não quero ver!
Não quero sentir!
Apenas, chorar ensanguentada..

[Lust - Tori Amos]

5 comentários:

  1. Gostei do poema. Parabéns! Bom domingo.

    http://www.jj-jovemjornalista.com/

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  2. Oi, Fernanda! Gostei muito do poema.
    Uma vez eu li que sangue pode trazer muitas interpretações, e é mesmo.
    Parabéns.

    Beijos

    Meu Meio Devaneio

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  3. Na elegante e fina escrita da tua pena

    Às vezes é preciso acordar o silêncio da memória
    Ou esperar pelo adormecimento inadiável
    Com o gesto sereno e demorado da ternura
    Com o acordar do amor rompendo o improvável


    Uma radiosa semana



    Doce beijo

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  4. Oi querida Alice, me desculpe a demora em vir aqui, ando correndo kkkk
    Abrigada pela visita, também gostei muito do seu blog e estou seguindo com muito prazer!!
    Beijos e tenha uma semana encantadora, fique com Deus!!

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